
Onde
aterrar?
Texto de Diego Viana
Sem título, pinturas de Vânia Mignone
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Recorrentemente tachado de “catastrofista” ou “apocalíptico”, o debate sobre a experiência de um ponto-limite que estaríamos na iminência de alcançar finalmente começa a ser colocado com a seriedade que merece. Antes restrito ao universo acadêmico, ele passou a ocupar, nos últimos anos, as artes e a política, como no movimento internacional Extinction Rebellion e na luta de uma nova geração contra as mudanças climáticas, cuja maior liderança é a ativista Greta Thunberg. A noção de “Antropoceno”, em particular, marca essa virada.
Disseminado pelo químico Paul Crutzen e hoje em ampla discussão tanto na área da geologia quanto nas próprias humanidades e ciências sociais, o conceito se referiria à transição de uma era geológica – o Holoceno – em direção a um novo período em que as atividades humanas ultrapassam o campo da interação animal e começam a interferir sobre o ambiente. Apesar de controversa, a provável origem dessa era remete à Revolução Industrial, no século XIX, quando a introdução de um novo modelo produtivo acaba gerando uma ampla interferência humana sobre os diversos hábitats naturais, e passa por uma “grande aceleração” no século XX com a formação das sociedades de consumo.